PONTOS NEGATIVOS
- A invenção de Roberto Fernandes. Novamente o técnico alvinegro inventou moda desta vez lançou Alê, que nada rendeu, de camisa 10. Após isso, quando Luciano Totó lesionou-se, todo esperavam Kássio ou até Pedrinho, mas Clodoaldo, mais um atacante de área em um time sem armação.
- A supracitada falta de criação no time. Nosso técnico inventou moda e quem sofreu foi o setor criativo no time. Alê, pela segunda vez - já havíamos levantado esse tópico na avaliação do jogo passado - nada rendeu nesta posição, no segundo tempo Schwenck, que sabemos que não é um primor com a bola nos pés, acabou sendo deslocado para o setor criativo - não podia dar certo. Com a entrada de Clodoaldo, que é atacante de área, a deficiência criativa foi evidenciada, pois o próprio jogador que não se dá bem com as bolas nos pés tinha que voltar para buscar jogo e com isso o torcedor que usa mais do emocional acabou criticando-o muito. Foi tão salientada que o segundo gol foi fruto da criação de um zagueiro.
- O péssimo gramado. Está longe de ser levantado como motivo da derrota, mas que foi um martírio foi. Acabou lesionando seriamente Totó o que mudou o esquema de jogo do alvinegro muito cedo. Devemos nos acustumar, sofreremos com isso a Série B toda.
PONTOS POSITIVOS
- A defesa do Figueirense. João Filipe mostrou ser uma grata surpresa e que merece a titularidade, Toninho não comprometeu e Rafael Lima comportou-se bem. Ainda temos Roger Carvalho a estrear que sela uma boa briga no setor defensivo. Finalmente estamos bem nesse setor.
- A comprovação do 3-5-2. Tal esquema tático mostrou-se, novamente, ser o ideal para o Figueira. A defesa ficou muito mais segura, assim como a saída de bola, dando liberdade para Lucas, Roger e até para as arrancadas de João Filipe. Faltou um homem de criação e ligação, Alê nunca deu certo ali.
- As qualidades individuais do elenco. Não posso deixar de citar tais qualidades - os três destoaram no jogo. Roger muito bem na saída de bola, já havia feito bom jogo contra a Lusa e finalmente foi utilizado onde rende mais, diferente do último jogo. Rafael Coelhe é o artilheiro isolado e está comendo a bola nesse início de competição. Lucas já é uma realidade e mostrou que foi um desfalque tremendo no último jogo. Até João Filipe já foi citado no ponto anterior. O Figueirense começou vencendo por 2x0 graças às qualidades individuais.
ANÁLISE INDIVIDUAL
- Wilson: desta vez não foi unanimidade. Saiu algumas vezes mal do gol e não foi bem como sempre. Tem muito crédito ainda.
- Lucas: novamente jogou muita bola. É a maior revelação do Figueirense deste ano. Fez grande passe para o primeiro gol e era a única fonte de criação do Figueira, sobrecarregado.
- Rafael Lima: não comprometeu e foi bem no jogo. Mais seguro que Perone, apesar de também dar seus chutões.
- João Filipe: atuou muito bem, participando diretamente do segundo gol. Tem muito futuro e merece a titularidade.
- Toninho: voltou a atuar melhor e não comprometeu. Exerce certa liderança lá atrás.
- Anderson Pico: no primeiro tempo foi muito bem na marcação e no apoio. No segundo seu físico literalmente pesou e decaiu muito. Foi substituído pelo cansaço.
- Totó: criticado injustamente pelo gol contra, saiu lesionado cedo e ficou sem avaliação.
- Roger: finalmente posto onde rende mais, foi muito bem. Não só pelo gol, mas pela qualidade na saída de bola e marcação. Titular absoluto!
- Schwenck: muitos o criticaram, mas foram críticas injustas que devem ser proferidas ao técnico. Colocado para atuar fora de posição, sofreu na criação de jogadas mas fez o possível, sempre com muita raça.
- Alê: o pior do time, não por culpa só sua. Deslocado para a armação, função que fazia a muito tempo, não rendeu de novo. Espero que RF tenha notado que ali ele não faz nada.
- Rafael Coelho: espero que fique pelo menos até o final do ano por aqui. Marcou um golaço em uma jogada individual e mostrou que é uma realidade, muito criticado no início, agora é unânime.
- Clodoaldo: não rendeu nada, mas não por culpa sua. Foi o jogador mais criticado da partida, mas a torcida tem que analisar que Clodô é um centro-avante, de área, e precisa de alguém para trazer a bola até ele e não o contrário. Buscando bola foi uma nulidade, dentro da área, finalizando, joga bola!
- Juninho: o garoto da base entrou no lugar de Pico cansado. Não jogou muito bem, pareceu nervoso, e encontro um time desordenado em campo. Difícil avaliar.
- Paulinho: mostrou que merece ser titular, ao lado de Roger. Botou a cara a tapa, roubou bola e sempre tentou alguma coisa em um time nervoso, desestabilizado e sem criação. Conseguiu alguma coisa e tá pedindo espaço no time, talvez RF engula.
Robero Fernandes: novamente fez besteira. Para mim o treinador tem muito crédito ainda, tirou o time do fracasso do estadual onde perdia até para o Brusque, empatou com o Avaí em casa mercendo vencer, a mesma coisa com a Chapecoense, dois jogos muito difíceis. Mostrou ter muita qualidade e a duas semanas era praticamente unanimidade com vários jogos de invencibilidade e vencendo de goleada o Ipatinga que atualmente está vencendo todas. Depois destas duas últimas partidas as críticas foram imensas e alguns, mais emotivos, pediram sua cabeça. Vamos ter calma! Nessa partida RF realmente matou o setor criativo e inventou moda, agora vai ter tempo para pôr a cabeça no lugar e contra o Guarani é outra história. Todas suas invenções se mostraram ineficazes, creio que o mesmo notou pois não é cabeça dura e corrige seus erros, como a não utilização de Perone e Wellington, o retorno ao 3-5-2 entre outras coisas contra o Ceará. O time aos poucos está tomando uma cara e creio que RF alcançará o melhor para o Alvinegro.