O alvinegro enfrentou, para mim, o melhor time da competição, a Portuguesa, que como afirmei no prognóstico alvinegro na semana passada. Claro que há times muito competitivos e que lutarão pelo título, como o tradicional Vasco da Gama, o emergente Atlético Goianiense, o já campeão brasileiro Guarani entre outras equipes.
Honrosamente e surpreendentemente, a Lusa segurou jogador cobiçadíssimos como o meia Edno, o jovem Fellype Gabriel, o zagueiro Bruno Rodrigo entre outros - veio para brigar pelo título e investiu bastante para isso. Não obstante, o Figueirense também é uma das equipes mais fortes da competição, estou certo disso. Elencos melhores que o nosso? Muito poucos, o do Vasco e talvez o da Ponte Preta.
O JOGO
O Figueirense começou a partida com o ímpeto de sempre e dominando a posse de bola. De início, digo os 15 primeiros minutos, parecia o jogo contra o ABC, com a diferença da qualidade da defesa da Portuguesa, com qualidade infinitamente superior à fragil nordestina. A Lusa tentava nos contra-ataques, até que, a habilidade de Christian, que jogou muita bola, fez a diferença e, em uma infelicidade, Totó empurrou contra a própria meta.
Roberto Fernandes insistiu com a formação 4-4-2, que nunca funcionou em suas mãos no alvinegro. Mudou totalmente o esquema tático, lançando 3 volantes a campo, sendo que o melhor deles, que mais sabe conduzir a bola ao ataque, estava recuado - Roger. O setor de criação, anteriormente conduzido pelas laterais, com Lucas e Pico e com o auxílio de Kássio, desta vez estava a cargo de Alê, que não correspondeu, e de Kássio, que até agora não dispontou e provou que não é o cara que resolve. Lucas fez muita falta.
Daí em diante a história mudou totalmente. Pela primeira vez o Figueirense iniciava uma partida perdendo na era Roberto Fernandes e a intranquilidade, comum no ano passado, veio novamente à tona. Totalmente desencontrado em campo, o Figueirense no primeiro tempo tentava manter um jogo parelho, a base da vontade. Tivemos apenas uma chance clara de gol, com Schwenck.
Com o segundo tempo a história ainda pirou. A Portuguesa voltou muito melhor a campo e ainda mais motivada. A formação que Roberto Fernandes pôs a campo, que já era ruim, ficou pior ao lançar o time totalmente para o ataque. Clodoaldo ficou isolado e teve que buscar a bola, o que não é a dele e foi criticado injustamente. RF tirou Kássio, o que achei um erro, e deu mais errado ainda pois Pedrinho isolou-se junto com os atacantes, sem buscar a bola. O time ficou com uma criação tão pífia e uma ligação defesa-ataque tão medonha que Roger, zagueiro (outro erro), foi quem criou o lance do gol de pênalti de Rafael Coelho.
PONTOS NEGATIVOS
- Roberto Fernandes mandou um time errado a campo. "Escangalhou o time" como afirmou Tainha. Mandou um 4-4-2 a campo, com Bruno Perone que jamais deu certo nesta formação, pois não tem qualidade de passe e acabava por dar chutões quando se sentia pressionado, ao não ter alguém para buscar a bola. Os laterais perderam sua força ofensiva com essa formação, além de tomar várias bolas nas costas, sobrecarregando Kássio que já provou não ser o cara para resolver sozinho, muito menos Alê.
- A total falta de criação do time. Como já falado, Roberto Fernandes acabou com a criação do time. Laterais improdutivos com a necessidade defensiva, pecando em ambas as coisas. Kássio improdutivo e sobrecarregado, Pedrinho ao entrar isolou-se. Ter que assistir os três atacantes buscando a bola, sem ter ninguém para alimentá-los, era doído. Os laterais não surtiram efeito, inclusive Wellington fez uma péssima partida.
- A impaciência que o time sofre com ao levar um gol. Como supracitado, pela primeira vez começamos uma partida perdendo e um desespero para empatar o jogo a qualquer custa assolou o time. Resultado? Chutões para frente (milhares de ligações diretas), pouco passe pensado e cadenciado.
- As ceras não punidas. Obviamente não foi um fator que decidiu a partida, mas que os jogadores da Lusa fizeram uma cera desgraçada durante toda a partida foi óbvio. O mais triste foi ver o goleiro adversário percorrer o campo todo para alongar um jogador caído no chão e não levar uma punição. Depois, ao levar o gol de pênalti, isolou a bola para fora do estádio e não foi sancionado. Para finalizar, terminou a partida com poucos acréscimos e antes do determinado, quando poderíamos empatar embalados pela torcida. Ainda sofreremos e muito com a arbitragem.
PONTOS POSITIVOS
- A torcida. A mobilização iniciada pela ABA e com participação da comunidade do orkut, organizadas, blogueiros e torcedores em geral foi magnífica. Foguetório aconteceu de maneira arrepiante, a chuva de papel higiênico, os cantos. Foi um verdadeiro espetáculo e só restou o time também corresponder.
- Ainda temos o artilheiro do time. Está complicado arranjar pontos positivos desta partida, mas com certeza o gol de pênalti de Rafael Coelho, que o deixou como artilheiro isolado da competição. Mas este mesmo pênalti também trouxe pontos negativos, como aquela infelicidade do Wellington querer bater e ainda discutir com o técnico.
ANÁLISE INDIVIDUAL
- Wilson: não comprometeu, mas não foi muito exigido nem fez milagres.
- Anderson Pico: desta vez não atuou tão bem. Ainda está devendo devido à sua capacidade, mas ainda tem que evoluir. Falhou em alguns lances bobos.
- Toninho: não fez uma partida tão segura e errou em alguns lances, todavia não comprometeu, mas pode fazer melhor.
- Bruno Perone: no lance do gol foi driblado, mas a culpa maior não foi sua e sim de Alê que tirou o pé no meio-campo. Entretanto, de vários chutões, alguns com motivo por estar pressionado e não ter a quem passar, e outros sem motivo tentando fazer a questionada ligação direta. Não tem futebol para ser titular.
- Roger: foi o melhor alvinegro em campo, embora colocado em uma posição que não rende tanto. Autor do lance do gol inteiro.
- Wellington: apesar de ser voluntarioso e não se esconder, peca por excesso. Tenta demais, erra lances bobos, além de levar muitas bolas nas costas. Precisa melhorar sua parte defensiva e ter a cabeça no lugar. No final ainda fez aquela besteira querendo bater o pênalti. Desastre.
- Luciano Totó: muito criticado por ter feito o gol contra, não achei que tenha estreado mal, mas acho que foi posto erroneamente em campo. Raçudo, roubou algumas bolas, mas pareceu sem ritmo de jogo.
- Alê: fez sua pior partida com a camisa do Figueirense. Trabalhando de uma maneira que não é dele, por culpa de Roberto Fernandes, deixou muito a desejar pela função criativa que deveria tomar.
- Schwenck: muito voluntarioso e raçudo, é criticado por tentar muito. Perdeu um gol, é verdade que poderia mudar o jogo, mas foi o melhor atacante em campo, não que isso seja alguma coisa.
- Kássio: muito sobrecarregado, não correspondeu de novo. Está muito claro que não é "o cara" da criação, que pode desequilibrar a partida. Precisa de alguém que decida ao seu lado, para, com uma proteção, poder fazer suas jogadas de efeito. Escondeu-se e apenas tocou bola de lado. Precisa melhorar muito.
- Rafael Coelho: o artilheiro deixou seu gol, mas não foi bem. Como todos os atacantes, foi prejudicado pela falta de criação de time e tinha que vir pegar a bola para tentar fazer algo e não surtiu efeito.
- Pedrinho: ao entrar, lançou-se ao ataque erroneamente. Com isso seu papel que seria criar alguma coisa no meio-campo foi totalmente ineficaz. Está com uma dívida gigante e precisa mostrar a que veio. Não pode se esconder, tem que buscar jogo.
- Clodoaldo: tentou muito e não conseguiu nada. A culpa não foi nada sua. Entrou numa fogueira em um time atabalhoado e desintrosado, sem criação alguma, com isso, sem ninguém para levar a bola para o ataque e servi-lo, foi uma nulidade. Por ser um centro-avante, de área, foi ainda mais prejudicado que os demais atacantes.
- Paulinho: um dos poucos atletas que atuaram bem. Estreando na fogueira, teve personalidade e ajeitou o time que estava sendo "comido vivo" e levava mil bolas nas costas. Com sua entrada balanceou a defesa e acertou bons passes. Ajudará muito.
Roberto Fernandes: pela primeira vez teria que criticá-lo. Não acertou em nada, em minha concepção. Entrou com uma formação errada, sobrecarregando Kássio que não atua desta maneira, além de anular o setor criativo que dependia demais das laterais. Alê foi posto como homem de criação, outro erro. Com dois zagueiros e sem o apoio dos laterais (ou um apoio desastrado) - haja ligação direta! Mudando o time, matou ainda mais a criação do time, os atacantes tinham que buscar a bola no meio. Se não tivesse inventado, mantendo a base do jogo passado, o resultado poderia ser diferente.
3 comentários:
Calma Muita CALMA, na minha opinião a Diretoria tem que sentar com o Depto de Futebol, e procurar saber o que esta acontecendo, perder 5 pontos "preciosos" de Bobeira, sim, 3 em casa não pode perder e perdemos por culpa de arrumar o time, 2 por desarrumar o time a coisa é seria, quando precisarmos desdes pontos não dara para correr atraz, por que todos estarão com a faca nos dentes e arrumados, o treinador tem que dizer o que esta pretendendo no Figueira. esta ficando preocupante, aquelas leituras de jogo ja não existe mais, ALO DIRETORIA VAMOS CONVERSAR.
Concordo plenamente com o comentário do JBMartins . Aliás como sempre , muito sensato nas suas colocações . Nãopodemos dar esses vacilos . Isso pode nos colocar longe das primeiras colocações e como é um campeonato muito parelho , depois , correr atrás do prejuízo , fica complicado .
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