Fabri: o "azarado" ou o "injustiçado"?

Sempre fui de achar esse negócio de superstição uma verdadeira bobagem, como quando grande parte da torcida do Figueirense não cansava de afirmar que Rodrigo Fabri é um azarado e que, por ter alguns rebaixamentos em seu currículo, seria uma maldição para o alvinegro. Inclusive aqui neste blog há um post falando exclusivamente a respeito de Rodrigo Fabri.

Nunca concordei com esse tipo de crendices, além de Fabri também já ter salvo clube em situação parecidíssima com essa em que o Figueirense atualmente se encontra - quando esteve no Atlético-MG em 2004 - ajudando a manter o time na elite.

Também aprecio o estilo de jogo do jogador e suas habilidades, demonstradas no catarinense e no início do brasileirão, com boa qualidade de passe e de finalização e também da experiência e raça do jogador - fato que, ao chegar no clube, a maioria o considerava "chinelinho" e sem vontade mas a grande maioria já reconhece sua força de vontade.

Mas em relação ao azar sou obrigado a concordar com a maioria - Fabri está com muito infortúnio neste ano. O jogador começou bem no clube mas uma seqüëncia de lesões comprometeram seriamente o desempenho do jogador, gerando uma quebra de ritmo que complica qualquer atleta. Agora, na reta final, uma falta, ocasionada por excesso de vontade e também para matar um contra-ataque, fez com que o jogador fosse suspenso de um jogo importantíssimo como o de amanhã.

Sexta-feira, julgado pelo STJD, Rodrigo foi suspenso por dois jogos o que o tirará também da "final" contra o Internacional. A essas horas, com certeza, deve estar completamente desiludido, tamanha a empolgação e força de vontade demonstrada na entrevista postada neste blog. Rodrigo Fabri só atuará novamente pelo alvinegro se o contrato for renovado, pois acaba final deste ano.

Outro ponto que gostaria de salientar é sobre a justeza da suspensão. 

Primeiramente em relação a falta em si, primeiro lance do jogo, realmente foi uma entrada para bloquear o progresso do contra-ataque, mas a violência em si não foi exorbitante - o jogador do Timbu mal foi tocado se o lance foi analisado minuciosamente -, creio que até mesmo um amarelo, aplicação feita na maioria dos lances deste grau no campeonato, seria aceitável.

Para finalizar tal assunto falo sobre a falta de critérios que ocorreu de maneira medíocre nesta maldita competição. A entrada feita por um zagueiro sãopaulino, se não me engano Rodrigo, sobre Asprilla não era passivo de expulsão e posterior suspensão? Se existisse um mínimo de critério nas decisões puníveis com certeza tal jogador receberia suspensão muito maior devido a drasticidade da falta, porém, o jogador apenas recebeu um mísero cartão amarelo que mal afetou o time de São Paulo. Nem preciso comentar a cotovelada de Kléber, no mesmo Asprilla (coitado) que apenas um amarelo resultou e, conseqüentemente, numa absolvição no STJD.

Por que será que jogadores do alvinegro são tão prejudicados neste campeonato comparados a maioria dos outros times? Eu tenho uma opinião, compartilho da idéia da maioria dos alvinegros - o poder da mídia, na sua maioria bairrista, e dos clubes pesam nas decisões jurídicas e também nas dos árbitros.

Voltando ao Fabri, será que se encerra aqui a jornada de mais um jogador que passou pelo Figueirense?

Creio eu que sim devido ao salário do jogador aliado às lesões que comprometem seu progresso no time e fazem-no render menos que o investido.

Felizmente a nossa diretoria desta vez não cometeu um erro e fez contratos curtos com jogadores de mais idade, porém, em minha opinião, o jogador deveria ter mais uma chance com o Figueirense, em um ano com mais sorte, pois vejo que suas características tem muito a acrescentar no time - além de habilidoso, é raçudo e experiente, fatos que interferirão positivamente nos jogadores do ano que vem que deve ter um maior aproveitamento das jovens promessas da base.

E você, gostaria que Fabri continuasse no time?

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