quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Entrevista com Rodrigo Fabri

Encontrei uma entrevista de Fabri feita pela Placar onde ele afirma que é não pensa em encerrar a carreira mas está preparando o terreno além de falar que a vinda a Florianópolis fez com que sua família se encantasse e o mesmo está pensando em fixar residência se for do interesse do Figueirense que ele continue.
Juntamente com isso o usuário Lipe da comunidade do Figueirense postou uma entrevista interessante feita pelo DC com o Rodrigo Fabri.
Achei interessante alguns pontos que escolhi para postar aqui de sua entrevista, onde fala sobre a expulsão polêmica que o mesmo sofreu na última partida, a situação alvinegra na tabela feita entre outro assuntos:




EXPULSÃO

DC: Como foi o momento da expulsão diante do Náutico? Em algum momento passou pela sua cabeça que corria o risco de ser expulso por aquele carrinho?

Fabri: Realmente foi uma falta forte, mas não para expulsão, pelo conjunto da obra. Tinha acabado de entrar no jogo, não tinha feito nenhuma falta, visei à bola, tanto que o carrinho não foi por trás, foi lateral. Eu realmente matei o contra-ataque do Náutico, que seria perigoso, eles estariam em quatro contra dois, mas, na minha ótica, era lance para cartão amarelo. E ele (o árbitro da partida, Wallace Nascimento Valente, do Espírito Santo) ia dar o amarelo, ele puxou o cartão do bolso da frente e quando chegou perto de mim, ele colocou a mão no bolso de trás e eu me desesperei: "Não acredito que ele vai me expulsar!".


Muitos alvinegros que tive contato criticaram bastante Rodrigo Fabri nesta entrada mais pesada que o mesmo deu em um jogador do Timbu. Eu me pergunto "ele fez realmente algo errado?".
Naquele lance era evidente que um contra-ataque perigosíssimo ocorreria, em uma jogada de 4 contra 2 alvinegros apenas - Fabri matou a jogada.
Por ter sido expulso após a falta muitos xingaram Rodrigo por deixar o time com um a menos, como se o mesmo tivesse errado.
Em minha concepção acho uma ação equivocada pois em um contra-ataque daquela proporção e com Felipe inspirado o alvinegro teria problemas seríssimos. Acho que o meia alvinegro fez o correto, matou a jogada mas recebeu o ônus de ser punido com um vermelho, o que poderia muito bem ser um amarelo.
No jogo fatídico contra o Ipatinga, onde perdemos 2 pontos importantíssimos, o volante Magal teve a oportunidade de matar a jogada que resultou no gol de empate mas prefiriu não entrar com vontade no lance, ou até mesmo matar a jogada, e o resultado já é sabido. Nesta ocasião a torcida, novamente, reclamou bastante desta atitude do volante, mas agora com o inverso acontecendo, que era o que os críticos queriam, também há reclamação.
Outro ponto que levanto é que de Fabri, em todos os jogos com a camisa alvinegra, nunca falta raça. Neste lance o alvinegro foi com uma raça desproporcional tentar parar o contra-ataque e acabou arcando com isso, seria melhor ele fingir que não era com ele e levar um provável gol do Náutico e ter de correr atrás para empatar? Ele se sacrificou - afinal para o futuro dele no futebol isto foi muito comprometedor - para o bem do alvinegro.

ERROS DA ARBITRAGEM
DC: Houve um lance no jogo entre Inter e Fluminense, no final de semana, muito parecido, um carrinho do Daniel Carvalho em cima do Fabinho, e ele realmente não foi expulso.

Fabri: Tem acontecido muito isso, muitos lances parecidos com critérios diferentes. Foi um ano difícil para o Figueirense em termos de arbitragem. Perdemos muitos pontos em erros pontuais dos árbitros, não foi nem em lances polêmicos, foram em erros claros, mesmo, que todo mundo viu, e não ganhamos nenhum ponto, por outro lado. Isso faz diferença. É um ano difícil, em que tudo está atrapalhando, a gente está dando azar na hora de o árbitro decidir o lance, ele está decidindo em favor do adversário.


Em relação a isso muito já foi falado e nem preciso me ater muito.
A única coisa que sou obrigado a falar é a respeito de todo o estardalhaço que está ocorrendo com o "erro"de Simon no jogo contra a Raposa que teria prejudicado o Flamengo.
O blog Furacão Alvinegro falou bem no que diz respeito a essa palhaçada com proporções discabidas comparadas a que foi dada aos erros muito mais óbvios que prejudicaram o Figueirense corriqueiramente.


MOMENTO RUIM
DC: Aliás, é um ano ruim para você, pessoalmente, já que você sofreu com lesões o ano inteiro e não conseguiu mostrar o seu melhor.

Fabri: Eu tenho que lamentar, porque este ano, tudo o que pode acontecer de ruim está acontecendo comigo. Tive muitas lesões, não tive uma seqüência de jogos, não consegui render o que eu quero render, o que todo mundo espera, porque as lesões me atrapalharam demais. Foram cinco lesões musculares e uma no tornozelo, então não tem como você ter ritmo assim, machucando tanto.


Isso realmente é uma infelicidade para o "mais vezes campeão" pois o Fabri que tem muita qualidade, mostrada no ínicio do ano no catarinense e também no início, como por exemplo o jogo contra a Portuguesa. Ótimos passes e lançamentos além da finalização precisa, a melhor do Alvinegro em minha opinião.
Eu torço muito para que ele volte a jogar e bem.

MOMENTO DECISIVO
DC: E como é ficar de fora de um momento decisivo como este?

Fabri: Foi mais um baque que eu tomei, ficar de fora no momento em que todo mundo está precisando. Eu não esperava ser expulso naquele lance, se eu soubesse que ia ser expulso, lógico que eu não daria o carrinho, mas no vestiário todo mundo falou: "Caramba, se você não dá aquele carrinho, ia ficar quatro contra dois!". Mas eu cheguei no vestiário arrasado, porque eu pensei: poxa, no momento em que mais o time precisa, eu vou ficar fora. Mas vou voltar contra o Inter e espero que eu possa ajudar dentro de campo.


FUGA DO REBAIXAMENTO E EXPERIÊNCIAS PASSADAS
DC: Contra o Botafogo, você não estará em campo, mas pode ajudar fora dele, afinal, esta situação difícil de encarar a fuga do rebaixamento você já viveu em outros momentos da carreira.

Fabri: Isso foi usado, da minha parte e da parte de outros jogadores mais experientes, antes do jogo contra o Náutico. A confiança nossa estava muito baixa, mesmo, e isso foi usado e a gente vê a reação do time, né. Eu passei para eles uma experiência que eu tive no Atlético Mineiro, em 2004, quando o time se salvou na última rodada também. A gente tinha três jogos para fazer e precisávamos de sete pontos, quase a mesma situação aqui do Figueira. Tínhamos dois jogos em casa, contra Paysandu e São Caetano, na última rodada, e tínhamos um jogo fora contra o Grêmio. Tinha que ganhar dois jogos e empatar um e o nosso time estava mal, horrível, bem pior do que o Figueira estava. Empatamos o primeiro jogo, contra o Paysandu, que era confronto direto, a gente tinha que ganhar, e o jogo ficou no 0 a 0. Aí todo mundo falava que já tinha caído e nós jogadores falávamos: enquanto tivermos chance, vamos lutar até o final. Aí fomos jogar contra o Grêmio, com o time de cabeça baixa, e conseguimos uma vitória. Nesta vitória e no empate nós conseguimos passar à frente do 17º lugar, trocamos de posição e jogamos a última partida dependendo só do próprio resultado. Aí, com o Mineirão lotado com 80 mil pessoas, nós conseguimos nos livrar.


Muitos alvinegros falam, baseados em um argumento supersticioso, que o Fabri é um jogador "azarado", "pé frio" por ter sido rebaixado em alguns time em que esteve.
Como foi falado acima, o jogador participou de uma superação histórica em 2004 no clube Atlético Mineiro, que conseguiu manter o Galo na elite do Brasil. Se o passado da pessoa interfere mesmo diretamente em seu futuro eu quero, sim, contar o Fabri no jogo contra o Inter para ele, junto com a equipe, fazer outro milagre e salvar outro time alvinegro do descenso, desta vez o catarinense.

FUTURO DO CLUBE COM UM PARALELO AO PASSADO E CLIMA DO GRUPO
DC: É o que pode acontecer agora, porque, dependendo da combinação de resultados, o time pode terminar a próxima rodada fora da zona de rebaixamento.

Fabri: Exatamente. Naquela penúltima rodada, aconteceu tudo em favor do Atlético e pode voltar a acontecer. Agora está mais fácil ainda, porque tem um confronto entre Náutico e Atlético Paranaense, e depois o Atlético tem uma pedreira que é jogar contra o Flamengo, com o Flamengo dependendo do resultado para ficar com a vaga na Libertadores. E a gente tem que dar uma secadinha em um jogo especial aí que é o do Santos jogando fora de casa com o Atlético Mineiro. Se ele perder, na última rodada ele tem que jogar com o Náutico na Vila para vencer. Então, o Figueirense vencendo os dois jogos, o que é bem possível, até pela situação que o Botafogo e o Inter estão vivendo. E eu acredito que vai dar tudo certo para a gente e a gente vai escapar, repetindo a história do Atlético Mineiro.
DC: Além disso, outra condição favorável é o fato de que o clima, hoje, no grupo, é outro, né, é positivo, pelo menos é o que parece para quem vê de fora.

Fabri: E é isso mesmo. O clima antes do Náutico tinha muito jogador de cabeça baixa, com muita dúvida sobre o que iria acontecer. Agora não, uma vitória abriu uma luz no fim do túnel para a gente e voltou um pouco da confiança que estava faltando.

DC: O clima, antes do jogo com o Náutico, então, era exatamente o que você viveu em alguns clubes que passaram por momentos assim, com o Paulista, o Grêmio.

Fabri: É a mesma coisa, mas a gente sabe que só termina no dia 7 de dezembro. Enquanto tiver chance, não tem como deixar de lutar por ela. Era isso que a gente passava, em uma hora dessas, aos jogadores, principalmente os mais jovens, que são os que estavam jogando e são os que mais se abatem em um momento desses. Às vezes uma palavra, tirando a responsabilidade deles, por serem jovens, e puxando para o nosso lado, já ajuda.

Concordo plenamente quando ele afirma que esta vitória contra o Náutico foi importantíssima principalmente da maneira que ocorreu. Em minha idéia foi da melhor maneira possível, justamente conseguida com muita luta e garra o que motiva os jogadores mais jovens - um bom exemplo é Perone que após fazer o gol foi um guerreiro e campo - e com a ajuda e conselhos de veteranos como Fabri, Amorim e até mesmo Cleiton Xavier e Gustavo tem tudo para dar certo, justamente um roteiro perfeito para a redenção e um final feliz.

2 comentários:

Jbmartins-Contra o Golpe disse...

Boa Reportagem, Torceremos pelo Fabri jogar o Futebol que ele sempre jogou.

Anônimo disse...

Também achei a expulsão dele injusta. Se comparar com o carrinho que o Asprilla tomou do defensor São Paulino Rodrigo, isso daí não foi nada. E também teve aquele jogador do São Paulo que quase rachou a canela do Rafael Coelho e nem falta foi.
A falta de critério dos juizes está um absurdo nesse campeonato, e o engraçado é que sempre é nos prejudicando.
Alguma partida ganhamos com gol ilegal? NENHUMA.
Agora vê aí quantos jogos não vencemos por culpa da arbitragem: Fluminense(Washington usando a mão), São Paulo(cortada do Aloísio na área e pontapé do Bicharlison dentro da área também), Grêmio(Wilson ficou 5 seg. com a bola e o juiz desgraçado deu falta que saiu o gol), entre outros que agora não lembro.

Ótimo post, continua assim que o blog tá show.

Abraços.