quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O divisor de águas?

O clássico, na grande maioria das vezes nos últimos anos, trás boas lembranças e dá grande revigorada ao elenco. Geralmente quando a situação não está boa para o alvinegro, vem um clássico para alavancar a campanha do time, que acaba por crescer muito no campeonato. No ano passado o Figueira foi campeão do turno e a vitória no clássico foi essencial. Em 2007 o alvinegro venceu na casa do adversário e subiu muito de produção - foi vice-campeão da Copa do Brasil. Exemplos não faltam.
O blog Furacão Alvinegro inclusive fez uma boa ressalva a esse tópico e afirmou: "Não há momento melhor para se vencer do que um clássico. Se o time está bem, aumenta a confiança e cresce na competição. Se está mal, como é o caso do Figueira, apazigua os ânimos e melhora o ambiente para iniciar a reação".

Pode parecer clichê, mas uma coisa é verdade, o clássico tem sido um divisor de águas nos últimos anos. Porém, além de um divisor também é um comprovante da verdadeira situação do time.

Falando de um passado mais recente, em 2007 o Figueirense começou pessimamente a temporada, tendo em sua estreia uma derrota para a Chapecoense. Todavia, no caminho tinha um clássico, e o Figueira conseguiu se recuperar vencendo o Avaí, o que culminou na inédita final da Copa do Brasil.
Para um exemplo negativo temos o clássico do ano passado. O Figueirense havia conquistado o título do primeiro turno, inclusive comprovando a situação do time no primeiro jogo contra o Avaí, ao vencer por destruidores 3x0, com direito a gol no escuro. Mas, com o segundo clássico, tudo mudou. O Alvinegro perdeu por 2x0 no Scarpelli, após jogar a partida inteira praticamente com um jogador a menos devido a expulsão infantil de Élton que cedeu às provocações de Marquinhos Santos. Ou seja, um divisor de águas para o Alvinegro que desde então não se encontrou mais, apesar do título estadual, e terminou o ano rebaixado para a Segunda Divisão.

Hoje temos o clássico de número 385 da história. O Figueirense tem vasta vantagem nos clássicos, das 384 partidas disputadas, 138 são vitórias alvinegras contra apenas 124 da equipe adversária, 122 empates, sendo 498 gols marcados pelo Figueirense e 533 sofridos.

Nos últimos anos, desde que ambos os times começaram a aparecer mais para o cenário nacional, com o Figueirense chegando a final de Copa do Brasil, a posição recorde de um time catarinense na elite - a sétima colocação de 2006 -, entre outras conquistas, a vantagem alvinegra é notada. De 10 de março de 2001 até hoje, o Figueira alcançou 10 vitórias contra somente três derrotas.

A supremacia alvinegra não é evidenciada apenas nos últimos anos, ou na contagem geral, mas também nos jogos dentro de ambos os estádios. No Scarpelli o Figueirense não perdia havia 20 anos até o ano passado. Em plena Ressacada, estádio do rival, a vantagem é também alvinegra - com 5 vitórias a mais que o time do sul da ilha.

A situação de ambos os times é delicada. Os dois times não fazem boas campanhas e precisam dessa vitória para reagir no campeonato. A torcida avaiana está mais calma devido à campanha na Série B do ano passado, enquanto a Alvinegra já está impaciente. Os dois elencos não estão bem fisicamente, alguns atletas do alvinegro jogaram nada, ou muito pouco, devido aos problemas no preparo físico (como Ueta e Schwenck) e nesse jogo de hoje, o clássico de número 385, a vontade e a raça serão essenciais para o time vencedor.

Será esse o "divisor de águas" para o clube Alvinegro?

2 comentários:

Jbmartins-Contra o Golpe disse...

Sempre foi um divisor, vamos vencer sermos Campeão deste Campeonato mau organiozado e dirigido ao time do mangue.

Dante disse...

Clássico é clássico. Ñ tem jeito. É um campeonato a parte, dentro do estadual. E com certeza, vai ser hoje o nosso divisor d'água. Temos de ganhar, seja lá do jeito que for, apertadinho ou com larga vantagem. Só assim pra gerar credibilidade.