segunda-feira, 2 de março de 2009

Um primeiro tempo de ilusões


O que dizer a respeito da partida de domingo contra o Joinville?

Para os blogueiros, vir comentar acerca desta partida é algo heróico e de doer. Impressiona-me que vários já postaram, como o Meu Figueira, minutos após acabar a partida, no próprio domingo.

Eu, para não postar com o coração que é muito pior, resolvi dar um tempo, pensei sobre a partida e agora, mais calmo, venho por este post comentar racionalmente o resultado.

Ver o seu time do coração ter uma partida na mão, dando um banho de bola no primeiro tempo, e terminar com uma derrota por quatro gols, além de presenciar um bando de jogadores assustados e desequilibrados após tomar o gol de empate, foi difícil e frustrante. Por isso esta derrota em casa foi muito pior que qualquer outra e creio que a manutenção de Pintado seja difícil.

A PARTIDA

O Figueirense jogou de maneira impressionante no primeiro tempo.
Toda a torcida alvinegra ficou motivada, ficou contente e achando que, finalmente, a equipe tinha entrado nos eixos. Triangulações, tabelinhas, laterais apoiando, volantes roubando bolas, belos passes, jogadas individuais, gols a base do jogo de equipe - o Figueirense estava atuando como uma equipe, a despeito das partidas jogadas como "um amontoado de jogadores" que foram todas até agora do Estadual.

Pintado escalou muito bem, deixando todos boquiabertos. Tirou Anderson Luís! A nação alvinegra já ficava feliz. Após isso outra, colocou Dieyson na zaga, dando mais liberdade para Roger em uma formação 3-5-2 com o volante atuando meio como um líbero - muito bom!
Além disso colocou Rafael Coelho no jogo, o atacante já tinha recebido o "gelo" do banco de reservas para concentrar-se mais na partida e merecia esta vaga - novamente Pintado acertou.

Tudo o que eu pedi aqui no blog, praticamente, foi posto em prática. Pintado parecia ter lido o blog Sangue Preto e Branco. Além destas ações supracitadas que foram utilizadas, o blog também havia colocado a idéia de Jairo entrar em campo ao lado de Talhetti para não sobrecarregar o garoto - o treinador não botou em prática e, no segundo tempo, isso pesou bastante.

Mas vamos ao primeiro tempo primeiramente. Com essas alterações, Pintado deu maior liberdade para os laterais que jogaram muito bem o primeiro tempo.
Lucas foi um dos melhores jogadores da partida, assim como Wellington fez uma boa primeira etapa também, criando boas chances.
Maicon Talhetti novamente mostrou seu talento com bons passes e muita raça na marcação, deixando Rafael Coelho, que novamente marcou o seu, na cara do gol.
Era tão impressionante que até Juninho estava razoável e não péssimo.
Roger, como sempre, um tanque tirando todas as bolas.
Marcelo Macedo fez um belo gol em uma jogada excelente de Lucas e Rafael Coelho.

Tudo estava certo, o Figueirense jogava um partidão.
No finalzinho desta metade de jogo o JEC diminuiu de cabeça, com uma falha de marcação de Perone que marcou a bola - mais uma do célebre ditado "quem não faz leva". A pesar do gol o Figueira estava bem, havia perdido várias chances claras de gol criadas a base de muita sincronia e atuação em equipe. Tinha tudo para, no segundo tempo, ampliar o marcador. Não foi assim...

No segundo tempo o Figueirense entrou de maneira assustada e perdida em campo. O domínio e a supremacia que estavam nas mãos do time "mais vezes campeão" mudou de lado com o primeiro gol do Joinville feito no início da etapa final com um chute que, por azar, resvalou em Perone e depois em Dieyson antes de entrar no ângulo de Wilson. O time desde então se desencontrou e ficou extremamente vulnerável e assustado.
Ninguém mais jogou bem após o empate e o segundo gol veio 18 minutos depois com uma falha clara do jovem zagueiro Dieyson. A virada havia sido consolidada e o Figueirense desaprendeu o que havia feito no primeiro tempo.
Desde então era Perone armando (por culpa dos volantes), Talhetti cansado e sobrecarregado, Lucas e Wellington cansados e com isso parando de criar - eram nossas principais saídas de bola para o ataque. Apenas Roger continuava lutando e indo bem ao roubar várias bolas. Juninho era um jogador a menos.
A principal falha do Alvinegro eram as laterais, principalmente a esquerda, que levava bola nas costas o tempo todo. O problema de usar Lucas também é este, é muito voluntarioso como se mostrou, porém na defesa deixa a desejar por apoiar bastante.

A torcida perdia a paciência, compreensivelmente, e Perone era o foco dos torcedores que insistem em vaiar e atrapalhar o time durante a partida. Os corneteiros vaivam o atleta toda vez que o mesmo tocava na bola, de maneira irritante, como se o zagueiro fosse o culpado por tal má fase. A torcida está guiada por ele ser um dos remanescentes da campanha do ano passado - é como se fosse um símbolo da atual fase alvinegra. Me surpreendeu que Bruno Perone não fez uma besteira no decorrer da partida, tamanha era a vaia sobre ele. Deixarei para comentar mais sobre isso em um post específico.

Era o momento para entrar Jairo. Pintado, que havia montado muito bem o time que iniciou a partida, mexeu mal no time e manteve a principal falha do time que era a sobrecarga no garoto Maicon Talhetti que não conseguia jogar sozinho. Lucas estava morrendo de cansaço em campo.
Ao perder o jogo o Figueira foi para cima, colocando Douglas em campo que criou algumas oportunidades para si mesmo mostrando disposição, mas nada além disso.
Em mais uma falha defensiva, graças ao time que se lançava insanamente ao ataque, o Figueirense levou outro gol o que fechou o caixão alvinegro.
Outro problema do Figueira ficou muito eminente - a falta de experiência.
A equipe jovem e inexperiente está pesando. Falta alguém pra guiar o time. Alguém para acalmar o time ao levar aquele gol do 2×1. Que falta fazem Régis, Fernandes e Pedrinho! Faltou tranquilidade no jogo de hoje.

FUTURO

Assim a partida foi finalizada e o Figueirense chegou ao fundo do poço, como comentei no comentário de pré-jogo no início do domingo. Caso vencesse, mantendo o belo primeiro tempo de jogo, o clube, a torcida e o elenco teriam uma forte revigorada e a caminhada do Alvinegro tenderia a ser de sucesso, com a segunda colocação do turno, deixando bem para trás os principais concorrentes, como Avaí, Chapecoense, Brusque e, é claro, Joinville. Agora, além de não somarmos pontos, o JEC ficou isolado na tabela do returno e no Geral, deixando muito distante o desejo alvinegro de ficar entre o quadrangular final.

Vejo que agora é a hora de Pintado ser dispensado. Comentarei melhor em um post específico, mas é eminente que esta decisão deve ser tomada. Com essa derrota, mesmo tendo montado bem o time, mostra-se que o técnico está desgastado para com os jogadores e mantê-lo será uma falha assim como foi a manutenção de PC Gusmão após a fatídica goleada de 7x1 - a confiança já foi pro espaço.

Agora cada jogo é uma final e cada mísero empate faz inclusive as chances matemáticas zerarem.

E você torcedor? Confia que este time melhorará? Dê a sua opinião, pois hoje tem Púlpito Alvinegro.

Um comentário:

Jbmartins-Contra o Golpe disse...

Wilson não merece, ele como lider e carismatico da torcida tem o direito de exigir do tecnico e comissão Tec coisa melhor para o time.
O Wellington, ele não marca nada esta perdido em campo.
Pintado, sai da moita se não vai fazer nada.
Agora para fechar quem tem coragem na atual situação de sair do DM(tipo) Pedrinho, Fernandes etc.... para entrar nu8m rabo de foguete deste.
Estamos bem de receita para 2010, na Serie B, e sem Copa do Brasil.
Parabens gestores do Figueira, estão perdendo suas Fontes.