FFC x JEC - Sugestões, análises de resultados e possíveis novidades.

Vou falar rapidamente a respeito do jogo de logo mais tarde.

O jogo devemos tratar, primeiramente, como essencial para as pretensões do Alvinegro e do técnico Pintado.

Provavelmente é aquele que caso perdermos com certeza será um baque forte demais para a manutenção do técnico do Figueira no cargo - creio que daí em diante a Diretoria não chamaria para si a responsabilidade de manter Pintado, como ocorreu após o jogo contra o Brusque.
Além dessa probabilidade, teremos uma maior ainda: com a derrota o planejamento do time da capital de ficar entre os quatro do quadrangular final irá por terra.

Pintado deixou claro que não pedirá o boné e que está seguindo à risca o que a Diretoria quer. Esse é o perfil de profissional que a alta cúpula alvinegra deseja em suas mãos, assim como Mário Sérgio era e Gallo não. Mário ao sair, pela primeira vez do clube, deixou bem claro que fez o que a ele era direcionado: deixou o time na final da Copa do Brasil e com isso fez uma belíssima vitrine alvinegra e conseguindo vender atletas. Infelizmente esta é a realidade do Figueirense atualmente e também de 90% dos clubes do futebol nacional.

— Eu sigo ordens aqui dentro. Sou um funcionário do Figueirense e tenho seguido
à risca o que tem sido determinado e projetado por todos nós e eu deixo isto
(demissão) a cargo do presidente. Enquanto tiver aqui, lutarei com unhas e
dentes e não tenho nenhuma outra preocupação a não ser acertar esta equipe -
disse Pintado.

O blog Sangue Preto e Branco afirmou, faz um tempo, que o jogo contra o Avaí no Scarpelli seria um divisor de águas ou um comprovante da situação alvinegra - realmente foi. Com uma vitória o Figueirense poderia deslanchar, com uma derrota o Scarpelli sofreria uma revolução que poderia ter dimensões imensas e com um empate a situação infeliz por que o clube passava manter-se-ia. Aconteceu.

Desta vez o empate pode ser até pior que no clássico, todavia o jogo será ainda mais mordido. Enfrentaremos o melhor time de todo o campeonato e do returno, segundo as tabelas e virão com uma confiança enorme pra cima do time mais vezes campeão. Pelo nosso lado, a crise está tomando conta de tudo. O time é questionado; a Diretoria que sempre foi muito elogiada mas está sofrendo um período de desgaste nos últimos anos e na maior crise dos últimos meses atualmente e o técnico, que no fim do ano passado era praticamente unânimidade, atualmente também o é, mas negativamente.

De novidades no jogo poderemos ter a entrada no time com três zagueiros, segundo Pintado afirmou em entrevista durante a semana, com Perone, Dieyson e Roger, porém essa formação teve pouquíssimo tempo de treinamente, devido à péssima tabela do Catarinense e pode não vir à tona neste domingo. Concordo com a formação em 3-5-2, porém não com Roger incumbido na posição de zagueiro - ele é nosso melhor volante e precisa reforçar este setor. Régis seria o cara para tal posição, mas precisaríamos urgente de um zagueiro para compor o elenco e teríamos Dieyson como opção no banco.

— É uma das situações que a gente vai trabalhar (sistema com três zagueiros).
Não gosto desta situação, mas chegou o momento que nós temos que tentar tudo —
disse Pintado.

Outra novidade pode ser a entrada de Jairo, recuperado de uma torção no tornozelo, poderá entrar no lugar de Talhetti e tornar-se o único armador do time - coitado do atleta. A posição de meia-armador é a mais sofrível do elenco para o jogador que ali ocupa seu lugar no campo, pois a ligação defesa-ataque não existe e muitas vezes ocorre ou a base do bico, ou numa subida estilo "Lúcio" de Bruno Perone (que se Deus quiser terá uma luz e não entrará de azul, muito menos Marcelo). E por ser o único meia do time fica extremamente sobrecarregado. Creio que Jairo e Talhetti juntos seria a melhor idéia, pois Jairo é uma espécie de Rafael Coelho do meio-campo - abaixa a cabeça e tenta alguma coisa na teimosia. Com Talhetti teríamos, do outro lado, uma cabeça pensante - poderia dar certo.

Na minha sugestão teríamos no 4-4-2: Wilson, Wellington, Perone, Dieyson, Lucas (não preciso dizer porquê), Roger, Rômulo (para termos maior marcação que Galvão com um time mais ofensivo), Talhetti, Jairo, Rafael Coelho (que é muito mais voluntarioso que os demais atacantes) e Ricardinho. Marcelo poderia entrar no segundo tempo.

Porém o time deve entrar com a seguinte formação: Wilson; Anderson Luis, Roger, Bruno Perone, Wellington; Edson Galvão, Rômulo, Juninho, Jairo; Ricardinho e Marcelo. Igualzinho a formação triste do último jogo.

Bruno Octávio, que esperávamos como solução para nossa ligação defesa-ataque não teve seu nome publicado no BID e não atuará. Uma pena.

Pelo lado do JEC as contusões musculares se repetem e o departamento médico está lotado. Lima, o maior destaque do time do interior do Estado, está fora por dez dias. Uma bom desfalque para o alvinegro.
Fantick está fora pelo mesmo período, assim como Vaguinho. O meia William, ex-Figueira, que está fazendo um bom Estadual também não jogará.
Para compensar tantos defalques, o lateral-direito Rogério Souza e o meia Valdeir, que cumpriram suspensão na última partida, voltarão ao time.

Vamos torcer para que, desta vez, o Figueirense mostre mais disposição, nossos volantes e laterais ajudem ofensivamente, que os jogadores não se escondam do jogo. Com isso teremos mais sucesso e se tudo der certo, somado aos desfalques do JEC, nesse segundo jogo seguido no Scarpelli a torcida sairá com alma lavada e com maior calma, pois a situação está crítica e ninguém está aguentando mais e a vaia está prestes a sair da garganta por boa parte da torcida.

Que a Gaviões e a R.A. cantem mais que nunca para tentar afogá-las e contagiar a torcida.

AVANTE FIGUEIRENSE!